SOCIAVE, uma empresa que ousou, persistiu, investiu e acreditou

SOCIAVE, uma empresa que ousou, persistiu, investiu e acreditou

A Sociave, de capital 100% cabo-verdiano, é uma empresa criada para abastecer o mercado com produtos avícolas. A empresa era antes denominada Mindave – Aviário do Mindelo, criada em 1972. Após a Independência, a empresa foi nacionalizada e, em 1976, passou a pertencer ao Estado de Cabo Verde. Posteriormente, a empresa foi privatizada e em 1994 nascia a SOCIAVE, SARL.
 
Com a visão de ser uma empresa reconhecida e de referência no mercado nacional e internacional, como produtora e fornecedora de produtos avícolas de alta qualidade, apostou na certificação e, após um longo processo, muito investimento, esforço e sacrifício, conseguiu o ISO 22000:2005, o mais alto certificado na área da alimentação e controle de qualidade a nível mundial. É, hoje, a única empresa nacional que produz frango a nível industrial.
 
A certificação garantiu parâmetros de qualidade, reforçou a confiança do consumidor nacional e, tendo como objectivo crescer com o turismo, a empresa passou a abastecer, também, as grandes unidades hoteleiras no Sal e na Boa Vista com ovos, e o mercado nacional com ovos, frangos e seus derivados. Hoje, os seus principais mercados são S. Vicente, Sal e Santiago, sendo também a Boa Vista um importante mercado, não obstante os problemas de ligação à ilha.
 
O sector do turismo teve e tem um papel importante para a empresa, representando cerca de 30% do seu negócio. Com a pandemia e a paralisação do fluxo de turistas, a SOCIAVE procurou outros mercados e apostou na exportação de ovos para a Guiné-Bissau, competindo com Portugal e Senegal. Uma forma de, por um lado, fornecer mercados internacionais e, por outro, encontrar alternativas para debelar a crise. Até Setembro de 2020, a empresa já tinha exportado para a Guiné-Bissau o equivalente a cerca de 30 mil contos/300 mil Euros.
 
Não obstante as dificuldades, a SOCIAVE ousou, persistiu, investiu e acreditou. Por isso, é um caso de sucesso e um exemplo claro de que empresas cabo-verdianas podem, sim, exportar e conquistar outros mercados!

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