O secretário-geral da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), Wamkele Mene, elogiou a competitividade de Cabo Verde na economia digital e nos serviços, nomeadamente farmacêuticos, apontando estes setores como potenciais apostas para que o país possa tirar maior proveito da referida Zona de Comércio Livre.
De acordo com esse responsável, na sua primeira visita oficial ao país, estas são áreas em que Cabo Verde pode ser competitivo e, com base nessa competitividade, há um mercado enorme de benefícios por explorar no âmbito do Acordo AfCFTA.
Wamkele Mene esteve na cidade da Praia para contactos com as autoridades cabo-verdianas, setor privado e sociedade civil, sobre os progressos em curso no quadro do estabelecimento do Secretariado da AfCFTA. Recordou que o Acordo prevê benefícios especiais para os pequenos Estados insulares, como Cabo Verde, que têm reclamado um tratamento especial nos diversos fóruns internacionais.
Estabelecida em 2018, a AfCFTA reúne 55 economias africanas, com uma população de 1,3 mil milhões de habitantes e um PIB combinado de 3,4 trilhões de dólares. Constitui a maior zona de comércio livre desde a criação da Organização Mundial do Comércio (OMC). Com esta iniciativa, os países africanos estão a construir um mercado continental único de bens e serviços, facilitado pela circulação de capitais e pessoas, lançando assim as bases para o estabelecimento de uma União Aduaneira Continental. Outros objetivos incluem a promoção do desenvolvimento sustentável e inclusivo, o desenvolvimento industrial e a diversificação. Cabo Verde assinou o Acordo AfCFTA em 2018 e finalizou o processo de ratificação na União Africana em Fevereiro último.
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